Lady Laura a paixão de Roberto Carlos

DO TEXTO:



Carlos Alberto Alves
Azores Digital
12-07-2010



Já escrevi, anteriormente, que sou um incondicional fã de Roberto Carlos e de Ivete Sangalo. Dos dois, em situações diferentes, teci comentários de apreço, de alegria pelo facto de agora estar mais perto dos dois. Melhor dizendo: encontrar-me no país onde nasceram e despontaram para a vida artística.

De Roberto Carlos, lembro-me que, em 2000, em Portugal, escrevi um artigo sobre o seu sofrimento com a morte da sua esposa, Maria Rita, vítima de doença grave. Morreu a outra grande paixão de Roberto Carlos.

Lady Laura foi uma das canções com mais sentimento que Roberto Carlos cantou. E havia razão para isso, tratando-se de sua mãe, por quem o "rei" sempre dedicou o máximo de carinho, de atenção, enfim, o tudo de bom que ela sempre mereceu. Roberto Carlos nunca esqueceu o apoio da mãe no início da sua carreira. Nunca esqueceu a liberdade que ela lhe deu para trocar um curso de medicina pela paixão de cantar. Mas aqui, creio que ficou uma das máximas que se conhecem, do perder e ganhar. Quer isto dizer que possivelmente se perdeu um futuro médico de média baixa para se ganhar um cantor que apaixonou o mundo e que é, indiscutivelmente, uma das maiores referências do Brasil, à semelhança do que foi Amália Rodrigues para Portugal.

Quando estava a comemorar os seus 50 anos de carreira, com um "show" em New York, Roberto Carlos deparou com uma tristeza de grandes proporções ao ser informado da morte de sua mãe, Lady Laura, como era chamada.

Só quem está distante do último suspiro de um ente-querido é que, realmente, poderá valorizar o duplo sofrimento. Na mente, fica sempre isto: "eu não estava lá". Comigo passou-se o mesmo quando, em 1991, meu pai faleceu. Custa muito. Por isso mesmo, senti dentro de mim a própria dor de Roberto Carlos que, pela sua condição, acabou por estar presente no último adeus à sua estimada mãe.

Roberto Carlos é forte e, por certo, está ultrapassando uma fase difícil da sua vida. Contudo, sempre que cantar Lady Laura, uma lágrima cairá pelo seu rosto.

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NOTA SPLISH SPLASH:

Carlos Alberto Alves, português radicado no Brasil, escreve para o Azores Digital. Ao depararmos com este seu artigo sobre Lady Laura e Roberto Carlos, não podíamos deixar de, com a devida vénia, transcrever para o Splish Splash tão interessante texto.



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7 Comentários

Comentários

  1. Olá querido Administrador do Splish Splash!

    Fez bem em postar esse texto do Carlos Alberto Alves.
    Muito bonito e emocionante.
    Eu também tenho na cabeça e no coração essa frase:"eu não estava lá". Isso é terrivel, atormenta a gente. E será pela vida toda.
    Então eu sei como NMQT, Roberto Carlos, está se sentindo.

    Beijos,
    Carmen Augusta

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  2. Olà Mindo! é realemente bonito este texto de Carlos Alberto Alves.E eu tambem fiquei a pensar na frase eu nao estava là!é verdade que neste caso o nosso MQT tambem lhe deve roer um pouco a sua cabeça mas!mas sao coisas que acontece sem se poder fazer nada.Mindo vi que neste video acrecentas-tes algumas fotos, e me deu a empressao, que tenho cà em casa exatamente as mesmas e no mesmo quadro!boa ideia gostei muito!Abraços

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  3. Olá maninho!

    Desculpe a minha falha.
    Fiquei emocionada com o texto e esqueci de cumprimentá-lo pelo vídeo.
    Está lindo, viu?

    Parabéns!

    Beijos,
    Carmen Augusta

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  4. Muito triste mesmo...Perder mãe dóoooooooiiiiiiiiiiiiiiiii demais!
    E D. Laura foi uma mãe mais que especial, o amor que os unia transcendia tempo e espaço, coisa sublime!
    Que Deus a ampare e o ampare também para que ele possa seguir por aqui sem o colinho tão gostoso de Lady Laura!
    Parabéns pela matéria!
    Beijos azuisss

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  5. Ola! Patrão, Armindo,

    Como mesmo disse o nosso amigo Manuel, há coisas na vida que acontecem por força das circunstâncias, e, no caso, foi o que aconteceu com o nosso querido Rei.

    Entendo que mesmo não estando presente materialmente falando, o Rei estava presente em espírito, o quê, realmente é o que mais importa,ou seja, através do seu próprio pensamento.

    Porquanto, entendo que ele estava sim, "presente", junto à sua mãe.

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  6. Foi com enorme prazer que escrevi a matéria relacionada com a morte da mãe do "king", do qual sou incondicional fã.
    Um grande abraço
    Carlos Alberto Alves

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