Roberto Carlos nos Açores – Difícil mas não impossível

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por Carlos Alberto Alves
E-mail: jornalistaalves@hotmail.com

Fotomontagem Splish Splash

Sempre detestei quando, em toda e qualquer circunstância, se fala em impossíveis. Tal como o futebol, gosto que se aplique a máxima... “negação do impossível”. Quer isto dizer que há que utilizar todos os meios possíveis para se atingir um objectivo. Mas, por outro lado, naquilo que denomino por reverso da moeda, entendo que há sempre algo que roça o impossível, obviamente ao confrontar com argumentos plausíveis.

Ora, nestes contactos que mantenho pela net, através do facebook (o mais utilizado no actual momento), alguns amigos, emigrados para a América do Norte, sabendo que tenho acompanhado de perto a actividade do king Roberto Carlos, ora através do seu Site Oficial, ora do Splish Splash Blog e do Portal Clube do Rei Roberto Carlos,
me têm questionado sobre a possibilidade do king encetar uma digressão aos Açores. Na verdade, seria interessante os Açores receberem o Rei Roberto Carlos, mas aqui volto a deparar com a dita circunstância do... “roçar o impossível”. E porquê? Tudo tem a ver com a própria estrutura que envolve o king, visto que, como é sabido, à sua volta reúne-se um numeroso grupo de músicos que são dirigidos pelo maestro Eduardo Lages, o outro lado de Roberto Carlos. Depois, toda a instrumentação, o que significa um enorme peso em termos financeiros, para mais para uma região que, dentro da escala européia, também enfrenta os efeitos da crise. E mais: não creio, de forma alguma, que o king se deslocasse à região para ser acompanhado por músicos locais, que têm o seu valor, mas não é a mesma coisa. São muitos anos ao lado de Eduardo Lages e seus músicos de confiança. Um cantor com a cátedra de Roberto Carlos não pode, de forma alguma, estar sujeito a um insucesso em função de um acompanhamento musical menos bom. Não direi de fungágá, porquanto este termo é demasiado pesado e há que ter consideração pelos músicos locais, muitos deles sem o estatuto de profissionais. Que fique bem claro que, nesta minha opinião, não existe depreciativo em relação aos mesmos.

Mas, mesmo assim, sabendo do elevado grau de dificuldades para uma deslocação do king à região açoriana, com uma conjugação de esforços entre o governo e as autarquias, essa possibilidade, em certa medida, seria viável, desde que existisse o aval da empresa Roberto Carlos. Porém, aqui temos outro problema, alheio à própria empresa, mas que é do foro interno. Se o governo colabora, onde se realizará o espectáculo? Terceira ou São Miguel? Aqui, visto por esse prisma de eu quero, eu quero, é que a porca-torce-o-rabo. O melhor é que, de um lado e do outro, esquecendo rivalidades, se unissem para que a ideia passasse do sonho à realidade. Só assim é que serão debeladas as muitas dificuldades no aspecto de índole financeiro. Hoje em dia, pelo seu carisma, pela sua brilhante carreira, Roberto Carlos não se sujeita a partir para uma digressão sem o seu importante “outro lado”, isto é, a companhia de Eduardo Lages e seus músicos. E há que entender que king é king. Que seria interessante o king actuar nos Açores, disso não tenho a menor dúvida. Mas até lá há um longo caminho a percorrer para que consigam chegar a essa almejada realidade.

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